terça-feira, 15 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
A criação do Estado de MS
Mapa do Mato Grosso do sul
A criação do Estado de Mato Grosso do Sul é resultado de um longo movimento, com características sócio–econômicas, políticas e culturais, que permeou sua formação histórica recente. A resistência sul-mato-grossense é uma das peculiaridades que entremeiam a história de Mato Grosso do Sul desde os primeiros tempos de conquista espanhola, depois luso-brasileira. Em cada período histórico e resistência sul-mato-grossense aparece com uma conotação.
O movimento divisionista no Sul de Mato Grosso tem sua origem nos fins do século XIX, 1889, quando alguns políticos corumbaenses divulgam um manifesto, no qual propunham a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá. A atitude desses políticos não se tornou vitoriosa, mas, mostrou que essa tímida ação política permitiu marcar o início de uma longa história de lutas e revezes.
Alguns fatores como a sistematização da pecuária, o desenvolvimento sócio-econômico das vilas e cidades, a exploração da erva-mate pela Companhia Matte Laranjeira e a ligação entre o Sul de Mato Grosso e São Paulo, marcaram a origem do movimento divisionista.
O movimento divisionista pode ser dividido em quatro grandes fases que acompanham a evolução histórica do Estado no período republicano. A primeira fase, de 1889-1930, é marcada pela formação das oligarquias sul-mato-grossense que lutam pelo reconhecimento da posse da terra, fazendo oposição aos privilégios da Companhia Matte Laranjeira. É nessas lutas, que, nos ervais e Campos de Vacaria, se manifesta à idéia divisionista. As oligarquias sulinas, nas lutas políticas, uniram-se, nas primeiras décadas da República Velha, às oligarquias de Cuiabá, adversárias da Companhia Matte Laranjeira e que tinham interesses nos ervais. Através dessa aliança as oligarquias sul-mato-grossense fizeram oposição armada ao governo estadual e a Matte Laranjeira. Inicialmente, o movimento divisionista não tem um plano, um programa político definido, os objetivos divisionista quase sempre se confundiam com interesses pessoais do coronel. Percebe-se, neste período, que era elite, formada pelos fazendeiros que defendiam a idéia divisionista.
A partir de 1920, com a transferência do comando da Circunscrição Militar para Campo Grande, e o aumento do contingente militar no Sul de Mato Grosso, as oligarquias sulinas decepcionadas com as antigas alianças, aliam-se ao militares e adotam sugestões de outros movimentos vindos de fora do Estado como forma de fortalecer a causa local. A este fator é somada a regularização das viagens ferroviárias que propiciaram a chegada de novos migrantes e a dinamização da economia sul-mato-grossense. Outro reflexo das viagens ferroviárias é a vinculação do sul de Mato Grosso com a economia paulista e o conseqüente desenvolvimento das cidades exportadoras de gado, particularmente Campo Grande, e a transferência do eixo econômico Cuiabá, Corumbá, Rio Paraguai para Campo Grande. Esta transferência possibilita a formação de novas lideranças políticas ligadas ao comércio e a outras atividades profissionais, e um crescimento demográfico na região sul-mato-grossense. Esse quadro, de novos fatores de ordem sócio-econômica e política, traz significativas mudanças no movimento divisionista, o qual extrapola ervais e atingem as cidades exportadoras de gado, particularmente Campo Grande. É o início da urbanização do movimento.
A Segunda fase, de 1930-1945, é o período em que o movimento começa a organizar-se; as lutas armadas, gradativamente, são substituídas por pressões políticas junto ao Governo Federal. Em 1932, os sul-mato-grossenses aliam-se aos paulistas e lutam na Revolução Constitucionalista. Neste confronto armado liderado por Bertoldo Klinger, comandante da Circunscrição Militar em Mato Grosso e Comandante Geral das tropas rebeldes instalada no sul de Mato Grosso num governo dissidente para o qual nomeia Vespasiano Martins. Após três meses de governo e de luta, os divisionistas e constitucionalistas são derrotados, e o novo Estado desaparece. Essa revolução serviu para divulgar a idéia divisionistas e Campo Grande torna-se o centro político de difusão do movimento.
Dois anos depois, 1934, o Congresso Nacional reunia-se para elaborar uma nova Constituição. Jovens estudantes fundam a Liga Sul-Mato-Grossense que, inicialmente objetiva angariar apoio dos sul-mato-grossenses para o manifesto que seria encaminhado ao Presidente do Congresso Nacional Constituinte. A Liga desencadeia a campanha divisionista no sul de Mato Grosso, coletando Treze Mil assinaturas, com as quais visava sensibilizar o governo federal, particularmente os Constituintes, para que eles, na elaboração da Constituição, aprovassem a divisão do Estado de Mato Grosso. Após a promulgação da Constituição, os divisionistas são derrotados, e Getúlio Vargas adota a política nacionalista “Marcha para o Oeste”, a qual visava, entre outros objetivos, a segurança das fronteiras. Para isso mandou instalar novas unidades militares no Sul de Mato Grosso.
O aumento do contingente militar efetivou outros objetivos do governo que era a manutenção da ordem e progresso dessa região fronteiriça. Os divisionistas são envolvidos pela política de Vargas; a Companhia Matte Laranjeira adapta-se a essa política e altera sua estratégia em relação à unidade estadual. Ou seja, os ervais estavam devastados e também a política do Instituto Brasileiro do Matte, criado por Getúlio Vargas, não lhe favoreciam grandes lucros. Por isso ela permite que o governo estadual regularize as posses de terras dos moradores dos ervais, em troca de indenizações sobre os arrendamentos.
Em 1943, Getúlio Vargas, em nome da segurança das fronteiras cria o Território de Ponta Porã, o qual deixa de fora, da nova unidade, Campo Grande a principal cidade divisionista. A Criação do Território de Ponta Porã não atendeu aos interesses divisionistas, não satisfaz a política da Companhia Matte Laranjeira, e também não agradou ao governo estadual. Nesse período, o Sul de Mato Grosso é marcado por grandes prosperidades, a qual não era suficiente para equilibrar as finanças estaduais. Percebe-se, nessa fase, que a política de Getúlio Vargas foi um dos obstáculos aos objetivos divisionistas. Percebe-se ainda, a formação de novas oligarquias e a Companhia Matte Laranjeira, gradativamente, retira-se dos ervais.
A terceira fase vai de 1945 a 1964. Após a deposição de Getúlio Vargas, o novo Presidente da República é o General Eurico Gaspar Dutra, que era mato-grossense de Cuiabá. Ele adota uma política de redemocratização do país, a qual reforça a política de integração nacional que incentiva a manutenção da unidade estadual. Em 1946, após a promulgação da Constituição, o governo federal extingue o Território de Ponta Porã reintegrando a região ao Estado de Mato Grosso. Apesar dessa política, os divisionistas, durante as reuniões da Assembléia Constituinte, reorganizam-se e tentam a transferência da Capital de Cuiabá para Campo Grande. As iniciativas divisionistas desse período são frustradas, em parte, devido a grande representatividade política dos sul-mato-grossenses nas esferas estadual e federal, e também, por causa da política de integração nacional do governo federal. Percebe-se que, nesse período, depois de várias reformulações em sua estrutura organizacional, a Companhia Matte Laranjeira mostra desinteresse em reflorestar os ervais, paradoxalmente estimula o governo estadual a regularizar as posses dos colonos.
A Quarta fase é de 1964-1977. O golpe de 31 de Março de 1964 põe fim a um período de democracia e inicia um regime militar autoritário. Os militares, buscando um maior controle dos problemas da sociedade, adotam a política do desenvolvimento com segurança, o que permitiu a criação de programas que facilitam o desenvolvimento de alguns Estados, entre eles Mato Grosso. Nesse período, os políticos divisionistas aproximam-se dos militares o que lhes permite tomar parte de algumas comissões que estudam (secretamente) as potencialidades políticas que impediam a divisão de Mato Grosso. Após vários estudos, negociações, acordos políticos, o Presidente Ernesto Geisel assina em 11 de Outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31 que cria o Estado de Mato Grosso do Sul. Nessa fase, a Companhia Matte Laranjeira mantinha apenas algumas fazendas de gado, o seu principal interesse econômico de outrora, a erva-mate, agora era explorado por ervateiros autônomos.
Em síntese, estudar a História do Movimento divisionista é resgatar a História do Estado de Mato Grosso do Sul, é conhecer a História do Brasil contemporâneo.
*Profª. Alisolete Antonia dos Santos Weingärtner.
O território do atual Estado de Mato Grosso do Sul, segundo o Tratado de Tordesilhas, pertencia à Espanha e sua exploração foi feita por expedições de aventureiros e pela atuação dos jesuítas.
Através do curso dos Rios Paraguai e do Paraná chegam os espanhóis, procedentes do estuário do Prata, à procura de jazidas minerais; e os bandeirantes, descendo o Rio Tietê, subindo o Rio Grande e rumando pelos Rios Sucuri, Pardo, Verde ou o Ivinhema, em busca de ouro.
Passadas as buscas por ouro, os bandeirantes paulistas fazem incursões com o propósito de capturar índios para vendê-los às lavouras do litoral. Os índios Guaicurus e Paiaguás, habitantes do local, lutam incessantemente para defender suas terras.
Até que uma das expedições de captura descobre ouro. Inicia-se uma nova etapa econômica. O bandeirante paulista passa a se fixar mais à terra, fundando arraiais auríferos e incrementando a atividade mineradora. Inicia-se a corrida do ouro que faz com que o crescimento da região seja rápido e desordenado.
Ergue-se uma pequena capela, a de Nossa Senhora da Penha. Mas os arraiais auríferos começam a se esgotar.
Em 1722, surgem as Lavras do Sutil, nas terras do bandeirante Miguel Sutil, com pepitas do mais puro ouro, provocando nova corrida.
Em 1748 é criada a Capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela e é incorporada ao Brasil, pelo Tratado de Madri, em 1750.
A Região Centro-Sul do Mato Grosso tem um desenvolvimento socioeconômico diferente da região Norte. Enquanto o sul apresenta uma agricultura mais intensiva, distribuída por um número maior de propriedades, o norte continua com a pecuária extensiva e o latifúndio.
Fluxos migratórios vindos do Sul e Sudeste do País, procuram se estabelecer no sul, criando afinidades políticas com os Estados vizinhos, especialmente São Paulo.
A área começa a ser povoada quando os fortes militares usados na Guerra do Paraguai (1864-1870) transformam-se, após o conflito, em núcleos urbanos, como Dourados, Miranda e Coxim e com a antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil.
Surgem idéias separatistas e com a revolução constitucionalista de 1932, essas aspirações fazem o sul aderir à revolta sob a condição de que esta, uma vez vitoriosa, torne realidade a divisão do Estado.
O Norte resiste à idéia temendo o esvaziamento econômico.
A política de interiorização dos anos 40 e 50 beneficia o Estado e ganha maior vulto com a construção de Brasília no final da década de 50, e da política de integração nacional dos anos 70.
Em 1975 a idéia de separação é intensificada. Em 1977, o Governo Federal divide Mato Grosso em dois Estados e em 1979 transforma-se oficialmente em Estado.
Durante 4 anos foi governado por interventores indicados pelo Presidente da República e a partir de 1982, com o Governador eleito, a industrialização é estimulada através de incentivos governamentais e são atacadas as ameaças ao meio ambiente, especialmente os "coureiros" que caçavam ilegalmente no Pantanal.
Seu sucessor cria a primeira Companhia da Polícia Florestal e o Grupo de Operações de Fronteira (GOF) para policiar os 400 km de fronteiras com a Bolívia e o Paraguai.
Mapa do Brasil
sábado, 12 de novembro de 2011
A fornalha situa-se a uma distância média de quinze metros do galpão de secagem.
A primeira operação é a poda ou colheita.
Com a contrução da Ferrovia Curitiba-Paranaguá,a exportação ervateira tomou grande impulso.
Depois da trituração e peneiramento das folhas, termina a fase do cacheamento.
No sapeco os ramos enfolhados são submetidos á ação do fogo.
Escoamento da erva -mate pelo Rio Iguaçu e seus afluentes.
Está é a erveira, as folhas da erveira, as flores das erveira e o fruto da erveira.
Os carroções substituíram com vantagens as tropas muares.
Tarefeiro carregando um raído que por vezes chegava a pesar mais de 100 quilos.
Tropas transportando a erva-mate.
MANEIRA SIMPLES DE CURTIR UMA CUIA
Para usar uma cuia nova ou que esteja sem uso há vários meses recomenda-se que seja lavada com água FRIA deixando que as paredes internas fiquem úmidas.
Em seguida coloca-se 1 colher de erva mate seca movimentando-a dentro da cuia para que grude nas paredes internas. Repetir a operação acima a cada 4 ou 5 horas por 2 ou mais vezes.
Importante: após o uso lava-se a cuia e deixa-se secar à sombra na posição horizontal.
Não há contra-indicações ao uso da erva-mate, em qualquer uma das suas formas, para pessoas de quaisquer idades. Ao contrário, a erva-mate possui inúmeras propriedades extremamente benéficas ao organismo humano.
Energizante. Sustenta as forças e o vigor do corpo humano durante o dia todo, independentemente até de qualquer outra alimentação. É muito recomendada para dietas.
Fortificante poderoso, por sua riqueza em Sais Minerais (de Cálcio, Ferro, Magnésio, Sódio, Potássio e outros) e em Vitaminas (B, C, D e E).
Provoca a vaso-dilatação, ocasionando a redução da pressão arterial - por isso, é indicada também como auxiliar no tratamento da arteriosclerose.
Considerada como um verdadeiro complemento alimentar, recomendada para superar fadigas e suprir deficiências alimentares. A erva-mate diminui a sensação de fome.
Atuante na defesa orgânica, sendo extremamente benéfica aos diversos tecidos do corpo humano.
Tônico cardíaco, por sua ação vaso-dilatadora e riqueza em Manganês, Cálcio e Potássio. Seus efeitos no aparelho circulatório são notáveis.
Auxilia a digestão e tem ação diurética - facilitando o trabalho dos rins.
Bebida com poderes afrodisíacos comprovados, pela estimulação que provoca.
Possui propriedades sudoríferas, é um estimulador neuro-muscular e cicatrizante eficaz.
O consumo constante da erva-mate amplia a capacidade respiratória, combate a anemia, o diabetes e a depressão.
A erva-mate é 100% natural.
E é deliciosa.
E é deliciosa.
Características Botânicas
Seu caule, de cor acinzentada, tem em média30 centímetros de diâmetro. Seu porte é variável e dependendo da idade pode atingir 12 metros de altura, mas geralmente quando podada não passa dos 7 metros .
Seu caule, de cor acinzentada, tem em média
As folhas, parte mais importante do vegetal, são alternadas, ovais, com bordas providas de pequenos dentes, visíveis principalmente da metade do limbo para a extremidade.
Na floração, apresenta cachos de 30 a 40 flores brancas com quatro pétalas, agrupadas em cimeiras fasciculadas nas axilas das folhas.
O fruto é uma drupa globular muito pequena, pois mede de 6 a 8 mm , de coloração verde quando novo, passando a vermelho-arroxeado em sua maturidade, Cada fruto possui quatro ou cinco sementes.
Na América do Sul existem aproximadamente 280 espécies conhecidas da família das aquifoleáceas, 60 das quais encontram-se no Brasil. A nossa erva-mate, extraída da Ilex paraguariensis pertence à citada família. Tal classificação deve-se ao sábio naturalista Auguste de Saint'Hilaire, que de volta de sua célebre viagem à América, em 1823, apresentou longo relatório à Academia de Ciências do Instituto de França, fazendo sentir a necessidade de sua classificação botânica. A amostra para identificação foi coletada nos arredores de Curitiba, mas, segundo alguns autores, houve troca de etiquetas e a erva-mate foi identificada como Ilex paraguariensis, St. Hilaire, como sendo originária do Paraguai, nome científico pelo qual é conhecida até nossos dias.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Consumo e Exportação
Até o início da Primeira Guerra Mundial, o mate manteve-se como o esteio econômico do Paraná, sendo após superado pela madeira que assume a condição de principal produto comercializado no Estado. Na época, o Paraná contava com mais de 90 engenhos destinados ao beneficiamento da erva-mate, sendo exportado, sobretudo para o mercado platino.
Atualmente, o Estado do Paraná apresenta 176 municípios ervateiros, distribuídos em 11 núcleos regionais de administração. São eles: Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e União da Vitória.
Os principais consumidores internos do mate brasileiro são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Durante a década de 1970, o Rio Grande do Sul apresentava-se como o principal estado produtor do mate brasileiro. A partir dos anos 70 o Paraná aumenta sua participação na produção nacional, sendo hoje o principal estado produtor, seguido por Santa Catarina.
Atualmente, o Estado do Paraná apresenta 176 municípios ervateiros, distribuídos em 11 núcleos regionais de administração. São eles: Campo Mourão, Cascavel, Curitiba, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Ivaiporã, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e União da Vitória.
Os principais consumidores internos do mate brasileiro são os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Durante a década de 1970, o Rio Grande do Sul apresentava-se como o principal estado produtor do mate brasileiro. A partir dos anos 70 o Paraná aumenta sua participação na produção nacional, sendo hoje o principal estado produtor, seguido por Santa Catarina.
CURIOSIDADES - Históricas da Erva-Mate
Os primeiros a fazerem uso da erva-mate foram os índios Guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, na época da chegada dos colonizadores espanhóis. Da metade do século XVI até 1632 a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guairá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual fora fundado 3 cidades espanholas e 15 reduções jesuíticas
A erva-mate foi classificada em 1820 pelo botânico francês Saint-Hilaire, após observar os ervais nativos em uma fazenda nas proximidades de Curitiba. Na preparação da erva-mate destacam-se duas fases distintas: a primeira no erval, a segunda nos engenhos. O preparo do mate nos ervais inicia-se com a colheita, feita a facão ou a foice, transversalmente de baixo para cima. A hora propícia a esta operação influencia na qualidade do produto, pois é necessário que as folhas do mate não estejam molhadas pelo sereno, devendo a colheita ser realizada nas primeiras horas de sol.O sapeco sucede ao corte e pode ocorrer de duas maneiras distintas: manual e mecânica. Deve impedir a fermentação das folhas e evitar que o mate perca seu aroma natural. O sapeco manual, realiza-se na área do erval, e se dá no mesmo dia do corte. Consiste na rápida passagem dos ramos da erva-mate sobre as chamas de uma fogueira. Após o sapeco manual ocorre o quebramento da erva-mate, a separação dos ramos dos galhos grossos, que são empilhados em forma de feixe. O sapeco mecânico consta de um grande cilindro (de ferro ou de arame), em posição inclinada, onde a erva desgalhada entra pela parte superior, e graças a seu movimento giratório sai sapecada na parte inferior, devido ao ar quente que circula no seu interior, provocado pelas chamas acessas embaixo. Após o sapeco, o mate passa pela secagem definitiva no carijó ou barbaquá. O carijó é uma instalação de madeira, coberta de tábuas ou telhas, abertas dos lados.
transporte se intensificaram com o desenvolvimento da economia ervateira a partir do século XIX. A erva-mate era conduzida pelo homem, do lugar da colheita até o engenho, através do raído - fardo de erva-mate que chegava a pesar 200 Kg .
Inicialmente o transporte da erva-mate do planalto para os engenhos litorâneos realizava-se em lombo de muares, na época do tropeirismo. s carroças, de origem européia, foram introduzidas no Paraná pelos imigrantes poloneses, ucranianos e alemães. Puxadas por seis ou oito animais, conduziam o mate dos engenhos do planalto até os portos de embarque em Antonina e Paranaguá.
Em 1882 inaugura-se a navegação a vapor no Rio Iguaçu, por iniciativa de Amazonas de Araújo Marcondes. Os maiores vapores transportavam oitocentos sacos de erva-mate, em média. Em 1885, com a inauguração da Ferrovia, ligando Curitiba a Paranaguá, esta se tornou a principal via para o escoamento da erva-mate destinada à exportação.
Os trens substituíram os carroções puxados por animais e, posteriormente, os caminhões tornaram-se o principal meio de transporte do produto. Em Curitiba, os bondes de tração animal e as charretes conduziam a erva-mate do engenho à estação ferroviária.
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